sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Graffiti na Casa do Hip Hop de Criciúma

Amanhã (01/02) será realizado “Graffiti Jam” na Casa do Hip Hop de Criciúma, ação do Projeto Duplo Balanço: Linguagens Urbanas.  A proposta de André Tavares (Membro da ASDC) foi contemplada por dois editais de fomento: Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura ∕Artes Populares – Edição 2019 da Fundação Catarinense de Cultura e Edital 003/2019 Cultura Criciúma da Fundação Cultural de Criciúma.

Segundo André Tavares “A intenção da proposta é gerar renda para os artistas da Cultura Hip Hop, prevendo o pagamento de cachê para Grafiteiro, MC, DJ e Dançarinos, assim incentivando a economia cultural da região”, finaliza. 

Foto: José Luiz Ronconi

O Graffiti Jam terá coordenação do Herok (Ricardo Bernado), e a participação de Mano (Marlon Flor), Big Zaion (Lucas Ferreira), Alex Barbudo (Alex Cardoso dos Santos) e Mdonatouss (Marcelo Donato).

Para Herok “O trabalho será coletivo e temático sem colocar estilo do grafiteiro, vamos pintar os quatro elementos do Hip Hop na parede da frente da casa, deixando uma identidade forte”, destaca.

Croqui - Herok (Ricardo Bernardo)

Segundo Frank dos Passos, Diretor Casa do Hip Hop de Criciúma "Agora teremos um visual mais alegre da casa, vai dar vida ao local que uma vez estava em ruínas. Nossa meta é envolver os artistas locais, e nesta ação estamos realizando nossa meta", destaca. 

Nos dias 28 e 29 de março de 2020, será realizado mais uma ação do projeto: Batalha de Breaking, competição em dupla de dançarinos (B-boys). A idéia nasceu em 1997, pelo Grupo Pioneiro “The Laws” para incentivar a composição coreográfica formato Duo, no gênero Danças Urbanas, sendo que apenas em 2008 foi criado o termo Duplo Balanço. 

Colaboração:
Andressa Borges Gomes Flor - Setor de Comunicação ASDC

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Nota Pública sobre o Fim da Secretaria Especial de Cultura

A Associação Dança Criciúma, o Instituto Criciumense de Hip Hop, a Associação Sul Catarinense de Artes Visuais e a Sociedade Civil do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma, vêm a público manifestar preocupação com conteúdo veiculado pelo Deputado Estadual Jessé Lopes (PSL) publicada no Portal 4oito, por Denis Luciano com titulo “Jessé sugere o fim da Secretaria Especial de Cultura” na data de 23 de janeiro de 2020. A matéria foi publicada após postagem no Twitter do Deputado defendendo o fim da Secretaria Especial da Cultura, ao comentar a posse da atriz Regina Duarte na função como Secretária, convidada pelo Presidente Jair Bolsonaro. Na postagem, o deputado catarinense, sugeriu que a cultura deve ser promovida com recursos da iniciativa privada. E, ainda defendeu o fim da mesma pasta [Fundação Cultural de Criciúma] onde é presidida por seu pai, Júlio Lopes.

Compreendemos que a extinção das pastas de Cultura nos âmbitos Municipal, Estadual ou Federal, não seja um ato econômico. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) “A Cultura na Economia Brasileira” o orçamento total nas três esferas no Brasil corresponde a 0,2% (zero vírgula dois por cento), sendo assim, acreditamos que este percentual não impacta diretamente nas políticas públicas referente à Saúde, Educação e Segurança. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (2018) também destaca que a cada R$ 1,00 (um real) investido por patrocinadores em projetos culturais por meio de Lei Rouanet, R$ 1,59 (um real e cinqüenta e nove centavos) retorna para economia do país. Destacamos que a Lei Rouanet é realizada pela dedução do imposto de renda por pessoa física ou jurídica (recursos públicos), destinados a proponentes que geram renda, emprego e arrecadação de impostos.

Destacamos que a origem do termo “Cultura Criativa” foi cunhado pelo pesquisador britânico Jhon Howkins no livro “Economia criativa – como ganhar dinheiro com idéias criativas”, PUBLICADO No Brasil em 2012. Entretanto, a gênese do conceito está na proposta de política pública “Creative Nation”, lançada pelo governo australiano em 1994 e que ampliou o entendimento do que podia ser considerada cultura e de sua importância global. “Política cultural é também política econômica. Cultura cria riqueza”, afirma o documento da proposta (Nexo Jornal - 10/11/2018).

Desejamos a manutenção e o fortalecimento das secretarias e fundações de cultura nas três esferas (Municipal, Estadual e Federal) por meio de políticas públicas, onde cabem os gestores, coordenar o monitoramento e avaliação periódica do alcance das diretrizes e metas do Plano de Cultura, deliberadas nas Conferências em todas as instâncias, com a participação do poder público e da sociedade civil.


Associação Dança Criciúma
Instituto Criciumense de Hip Hop
Associação Sul Catarinense de Artes Visuais 
Sociedade Civil do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma

Criciúma, 24 de janeiro de 2020.