Relato da Reunião do Conselho Municipal
de Políticas Culturais de Criciúma – COMCCRI sobre a Pauta de Implementação da
Cadeira Hip Hop no Conselho, realizado no dia 31 de maio de 2021. A seguir, descrição das falas sobre a pauta debatida no Conselho:
Daniele Zacarão: O item seis é a implementação da cadeira da Cultura Hip Hop no COMCCRI, sendo que é uma pauta externa solicitada pela ASDC – Associação Dança Criciúma, e pelo
IHHC – Instituto Hip Hop Criciumense. Temos cinco minutos para apresentar a
explanação.
Maxwell Sandeer Flor: Gostaria de iniciar minha fala agradecendo a inclusão de pauta na reunião do
Conselho, e agradecer a nossa representante da Setorial de Dança, Alesandra que
encaminhou também essa pauta. Gostaria de colocar que divulgamos para os
agentes culturais do Hip Hop via plataforma Formulário Google, perguntamos se eles têm interesse da inclusão da cadeira do
Hip Hop no COMCCRI, ou a substituição da cadeira da Cultura Popular para cadeira
da Cultura Hip Hop. E, aproveitamos e fizemos um diagnóstico dos artistas da
Cultura Hip Hop de Criciúma, e gostaríamos de compartilhar no chat as perguntas
que fizeram parte desse formulário. Compartilho aos conselheiros e conselheiras
alguns dados interessantes: foram 59 respostas ao formulário, ou seja, 59
agentes culturais da linguagem do Hip Hop, 59 respostas passaram e muito do
diagnóstico realizado pelo COMCCRI ano passado que verificou os impactos
econômicos causados pela Pandemia, onde apontou pelo COMCCRI apenas 06 agentes da Cultura
Popular que responderam o questionário. Gostaríamos de colocar que 59 agentes
culturais responderam nosso formulário até o momento, ultrapassada o número de TODOS os agentes culturais cadastrados
no Mapa Cultural SC inclusive no município de Criciúma, onde nossa cidade têm atualmente 55 agentes cadastrados. E, destaco que a maioria deles (Artistas Criciumenses do Hip Hop) responderam ao
questionário que "sim", eles têm interesse pela implementação da cadeira do Hip
Hop no COMCCRI. E, para finalizar minha fala, gostaria de acrescentar que
foi aprovado há poucos minutos atrás nessa reunião, o Regimento Interno do COMCCRI, que no
seu Artigo 12, no inciso 3º diz: “No caso de falta de quórum para realização do Fórum, o Setor será substituído pelo Setor de interesse e maior
representatividade, cumprindo-se os mesmos procedimentos.” Gostaria de registrar essa citação, para que no próximo Fórum esteja previsto esse Artigo 12 do
Regimento de Eleição, para prever a substituição da Setorial que não apresenta
quórum para indicar seus representantes. E, ainda sugerir a Comissão de
Legislação e Normas do COMCCRI, para rever a Legislação do Sistema Municipal de Cultura, para quem sabe, fazer ao "modelo" de muitos Conselhos do Brasil, o método de 1/3, ou seja
1/3 formado pela Setoriais de Cultura (sociedade civil), 1/3 por representações
institucionais (exemplo: SESC e UNESC), e 1/3 formada pelo
Governamental. Por demais é algo a se pensar, pois seria adaptar as
representações em seis. Mais uma vez muito obrigado pela inserção da pauta na
reunião do COMCCRI.
Frank dos Passos: Bom dia a todos. Hoje, todos sabemos que o movimento que estamos
fazendo na cidade de Criciúma com a Cultura Hip Hop. Nós estamos inseridos na
Cultura Popular, mas em âmbito nacional, o Hip Hop tem caminhado por si só, e esta assumindo muitas cadeiras em Conselhos no Brasil. Temos muitas coisas que não conseguimos discutir e avançar, mas conseguimos levar nossas pautas para muitas esferas.
Hoje conseguimos transitar em todas as culturas em nosso Estado. Tivemos a
ponto de perder por "um" voto para conseguir a implementação da Cadeira de Hip Hop no
Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, que ainda não está longe de
conseguir. Hoje, fizemos um serviço peculiar nas periferias, e acredito que com a cadeira
do Hip Hop no Conselho, isso vai dar mais força e estaremos ocupando mais um
espaço, que onde essa cultura há muito tempo foi marginalizada, passou a ser
uma cultura organizada. Hoje temos a única Casa do Hip Hop de Criciúma no
Estado de Santa Catarina, e o Instituto Hip Hop Criciumense (IHHC) que está
se adequando para se tornar de âmbito Estadual. E, tudo isso na cidade de
Criciúma, temos muito a fortalecer e a contribuir com a cultura de Criciúma.
Sabemos que passaram pelo Conselho muitos agentes do Hip Hop, em várias cadeiras, e aprendemos
muito com vocês! Só que agora nós estamos aqui para abrir portas, por essa
linguagem que passa pelo grande centro e vai até aos bairros periféricos da nossa cidade de Criciúma. Então acho que essa cadeira é de
suma importância para que possamos avançar no diagnóstico cultural de Criciúma. E, gostaria de dizer que nós
do Hip Hop somos os mais contemplados pelo Edital Aldir Blanc Criciúma. E, lembrando que não queremos abandonar a Cultura Popular. Só queremos fazer o
trabalho que muitas vezes, por falta de interesse do pessoal da Cultura
Popular deixaram de fazer. Então, gostaríamos de pedir
essa cadeira, e tenho certeza que temos pessoas capacitadas para representar e
somar ao Conselho. Essa é minha fala. Tamu Junto!
Daniele Zacarão: Nós entendemos que a solicitação é legítima, e que esse debate deve ser
discutido amplamente para os Fóruns. Há necessidade de chamar um Fórum da
Cultura Popular para discutir esse ponto de pauta.
Ismail Ahmad Ismail: A Dani já contemplou um pouco em sua fala Dani, e realmente esse assunto deve ser
discutido nos Fóruns Setoriais, para preencher as vagas em vacância. E,
discutir da possibilidade de incluir mais uma cadeira no Conselho. O que
não consigo imaginar é que ao criar a cadeira da Cultura Hip Hop, temos que
eliminar a cadeira de Cultura Popular. Essa cadeira é onde abrange mais Setores da Cultura,
no caso a própria Cultura Hip Hop. E, eu não entendo por que não houve
articulação para ter o candidato da Cultura Hip Hop no Fórum Intersetorial de
Criciúma. Isso eu não consigo entender por que não houve essa articulação. E,
precisamos chamar os Fóruns Setoriais urgentemente para discutir sobre a
inclusão dessa cadeira, até para seguir o Regimento Interno do COMCCRI, acredito que esse deve
ser o procedimento.
Daniele Zacarão: Então, esse deve ser o encaminhamento, de levar essa demanda para o
Fórum da Cultura Popular, e definir no dia 14 de junho a organização do
cronograma desses Fóruns. Até mesmo por que é uma necessidade antiga do
Conselho, e nós não temos feito isso pelo menos nos últimos dois anos.
Frank dos Passos: Então Ismail, só gostaria
de dizer que poderia fazer uma Consulta Pública, para não desfazer da Cadeira
da Cultura Popular, e sim da criação de mais uma Cadeira no Conselho. Ou até
mesmo outras Cadeiras que queiram criar outras Setoriais, pois isso só tem a
somar. Em Santa Catarina pelo CEC foi feito essa consulta para inserir mais
duas cadeiras. E, por que não fizemos essa articulação? Por que essa demanda
deveria ser trazida dentro da Setorial. E, ainda essa Setorial de Cultura Popular não consegue
abraçar nossas causas. E, hoje com certeza vai aparecer pessoas para
ocupar a Cadeira da Cultura Popular, mas nós queremos pessoas para ocupar a
Cadeira da Cultura Popular para que não seja apenas no fato de cumprir a
tabela. Mas, que sejam pessoas militantes e que sejam pessoas verdadeiramente pela
cultura. E, pode inclusive até fazerem essa articulação, pois até fomos
citados como “oportunistas” no Fórum passado, quero dizer que "não" somos oportunistas. Pode até puxar nossos
currículos, e vão perceber que que somos pessoas que trabalham diariamente para
que as coisas aconteçam na Cultura de Criciúma. E, nós queremos é somar,
como somamos em todos esses anos quando não tinha ninguém para ocupar a Cadeira da
Cultura Popular no Conselho. E, é isso então... que façam uma Consulta Pública para que se
coloque uma ou mais cadeiras no Conselho. Pois, tenho certeza que isso vai ser
apenas somar para Cultura de Criciúma.
Tiago da Silva Coelho: Eu acho importante a pauta e a demanda apresentada, principalmente pela
tradição da Cultura Hip Hop em Criciúma. O Maxwell já apresentou avaliação que já
foi feita, e fez um bom trabalho, e isso nem era necessário. Quero dizer que é
visto o trabalho que a Cultura Hip Hop vem fazendo na cidade de Criciúma, e
que esse diagnóstico só confirmou o que já sabemos. E como muito bem colocou o Frank, que já existe uma transitoriedade do Hip Hop em várias
cadeiras nesse Conselho. Eu como Conselheiro acolho a demanda, e acho
importante, e entendo que o Fórum que aconteceu foi um momento emergencial, uma
possibilidade para se estabelecer uma nova ou não Cadeira no Conselho. E, entendo que o Setor
trouxe para reunião do Conselho uma melhor forma de debater o assunto.
Minha sugestão para isso é, pensarmos na possibilidade de abrir a Cadeira
do Hip Hop, e colocar isso em uma discussão ampla. Pois o que entendi, é que não
podemos decidir isso hoje, ou simplesmente na reunião do Conselho, precisamos
decidir em Fórum ou ainda em uma instância maior como a Conferência. Então
minha sugestão, se possível poríamos mudar o nome da Cadeira da Cultura Popular
para Cadeira de Cultura Popular / Hip Hop para essa gestão. Até esperar a Conferência,
pois haverá impactos cotidianos, por exemplo, no quórum das reuniões, pois ao
abrir mais uma cadeira, teremos que abrir mais uma cadeira para o governamental
e isso implica ter mais pessoas presentes nas reuniões para garantir quórum.
Eu, sou extremamente simpático a aderir mais cadeiras, mas estou pensando, quem
pode instituir essa Cadeira, e como podemos fazer que trabalhos do Conselho sejam
mais organizados e participativos. Nesse momento acho que não convém retirar uma Cadeira nessa reunião do conselho.
Clairton Rosado: Eu vejo que essa discussão se mostra inócua. E revela uma falta de
compreensão do conceito de cultura. O pessoal do Hip Hop naturalmente se inclui
na cadeira de Cultura Popular, e nesse momento temos uma vacância na Setorial
de Cultura Popular. É básico compreender que se está pensando em ter
representatividade, então que se candidatem a cadeira da Cultura Popular, que engloba
dentre tantas manifestações, também a Cultura do Hip Hop. Nós não podemos, e
não é interessante pensar que a gente tem que abrir "subsetores" em todas as
Setoriais. Se não, a Setorial de Artes Visuais teremos Setores de Pintura,
uma cadeira para Desenho, outra para Escultura... E na Setorial de Música,
teremos que ter uma cadeira para música Erudita, outra para Popular e assim por
diante? Não! Basta apenas que as pessoas entrem na Cultura Popular e que essa
Setorial englobará várias manifestações, seja Artesanato, seja Hip Hop ou
várias outras manifestações. Fazer suas discussões e a partir disso, e
“se” for achar interessante, se amplia a conversa para ter subsetores. Me
manifesto outras vez aqui minha preocupação, esse tipo de movimento que visa
buscar uma prevalência de votos dentro do Conselho visando interesses próprios
e particulares a “Fundação Cultural”, essa nova gestão não será convivente com
essas atitudes. Por que a “Fundação Cultural” está elaborando uma gestão de Políticas Públicas voltadas para a comunidade como um todo. E nós, não vamos
compactuar com qualquer tipo de "manobra", ou qualquer tipo de questão que vise
interesses particulares, que vise esse tipo de manobra. Então, não
adianta, nós não vamos compactuar com esse tipo de coisa. E, nesse momento então, seria fazer eleição e ocupar as Cadeiras que já existentes, e a partir das demandas
dessas cadeiras, criar discussão em todas as setoriais,
e não apenas para uma que busca interesses particulares.
Ismail Ahmad Ismail: Eu queria pontuar, que de maneira nenhuma eu sou contra a Cultura
Hip Hop, muito pelo contrário, eu sou até fã da Cultura Hip Hop. E, quem me conhece
sabe da minha pluralidade no que tange de atender todas as manifestações
culturais nessa questão. Acho que poucas pessoas defendem que todos tenham sua
participação dentro do Conselho. Eu fazia uma defesa da importância da
participação das Setoriais que faziam parte dentro do Conselho nos últimos dois
anos, de que as Setoriais funcionem dentro do Conselho. Creio que é uma
discussão que temos que ter nessa nova gestão, que é a "participação" das Setoriais
no Conselho. Agora, nós temos uma cadeira que abrange esse Setor, como
o Claiton estava pontuando. E, para abrir uma nova Cadeira da Sociedade Civil, nós devemos abrir mais uma cadeira do Governamental, ou seja: mais duas cadeiras.
Então, é aquela velha história do Conselho em manter o quórum nas reuniões. O
lugar e o debate dessa pauta é lá no Fórum ou na Conferência, e não aqui na reunião do Conselho. Já foi proposta do Fórum passado ok! Então ela vai entrar no próximo
Fórum. No próximo Fórum vamos discutir a criação dessa nova cadeira. Nós
estamos navegando contra a maré, nada contra a Cadeira da Cultura Hip Hop,
muito pelo contrário, se for para estabelecer, vamos estabelecer! Mas a
discussão disso, deve ser feito dentro do Fórum, vamos colocar as coisas nos seus
devidos lugares. Sempre apoiamos o movimento da Cultura Hip Hop em Criciúma, no Teatro,
na Biblioteca, na Praça... Da onde, nós somos contra a Cadeira do Hip Hop? Muito
pelo contrário! É um dos Setores mais importantes, que mais apresentam projetos, e
que mais desenrola cultura em nossa cidade. A Dança de Rua é muito forte, os B-boys, e também as
Batalhas de Rima. O movimento que aconteceu na Casa do Hip Hop de
Criciúma, via Edital Aldir Blanc Criciúma, acredito que mais de
vinte projetos foram realizados na Casa envolvendo vários proponentes de
Criciúma. Então, não dá para dizer que a Cultura Hip Hop não tem espaço, pelo
contrário. Tanto pelo Edital Cultura Criciúma, tanto pelo Edital Aldir Blanc, foi uma das setoriais mais “representadas” em nossa cidade. Como
dizer que não estamos apoiando isso? Pelo contrário! Agora cada coisa deve
acontecer em seus Fóruns, no seu espaço de debate e na sua hora, e aqui não é o
momento de decisão sobre a pauta, da criação ou não da Cadeira do Hip Hop.
Isso é um debate para o próximo Fórum.
Daniele Zacarão: É isso mesmo Ismail. Nós não temos autoridade para discutir e decidir
sobre essa pauta nessa reunião, e a sugestão de encaminhamento é que no dia 14 de junho,
vamos trabalhar no planejamento dos Fóruns, e isso entra para o debate para o
Fórum específico. O Fórum que têm autonomia para definir isso.
Maxwell Sandeer Flor: Obrigado Dani e obrigado Ismail pela fala .... Realmente a
Fundação Cultural sempre tem apoiado o Hip Hop, de diferentes tipos de apoio,
dependendo da Gestão. E, nós tivemos vários tipos de apoios da FCC. Mas, eu gostaria de
destacar que essa não é, uma ação individualista e particular dessa Setorial,
existe uma Setorial da Cultura Hip Hop criada por Grupo de WhatsApp desde 2018, e ela não está inserido no Plano
Municipal de Cultura em seu anexo, muito menos na sua Legislação. Mas, destacamos que inclusive na
Lei, não cita nenhum tipo determinado de setorial. Acredito que as Setoriais não podem ser
titânicas! As Setoriais devem ser plurais, e devem dialogar com seus agentes.
Então, se não está tendo interesse de Artesãos, e nem de Folcloristas.... e está
tendo interesse de agentes da Cultura Hip Hop, que se faz a substituição da
Setorial, pois está ali no seu Artigo 12 do Regimento Interno aprovado ainda
hoje. Se caso não tiver interesse da Setorial, outra Setorial pode ser
substituída. Por exemplo: se uma Setorial de Artesanato organizada, solicitar
interesse em ocupar a cadeira em vacância, tem que dar vaga, pois os Fóruns são
deliberativos, e isso trata-se de Políticas Públicas sim! Não estamos falando
sem argumentos jurídicos, isso está na Legislação, os Fóruns e as Conferências
são deliberativas. Eu discordo de que da "fala" que isso é um movimento particular, e
se for o caso eu estou saindo desta manifestação, que teve no coletivo a
concordância de 59 artistas. Eu peço perdão a todos vocês, se isso deu para se
entender dessa forma, e novamente eu falo que isso "não" é algo particular. Essa
luta é de seis anos, e se for para substituir, e se o Fórum entender que é para
substituir, então que se faça! Não quero denegrir a imagem de nenhuma Setorial
e nem desse Conselho. Obrigado, e finalizo minha fala.
Frank dos Passos: Eu vou dirigir minha palavra diretamente a você Clairton. A muito
tempo você trabalhou juntamente com o Conselho, e uma das nossas maiores lutas foi para
que você ocupasse essa cadeira, e hoje ouvir de você que nós estamos fazendo
esse movimento com interesse próprio? E, que algo vai beneficiar a mim? Eu, que
sempre trabalhei para todos. E, você pode ter certeza que não queremos tirar a
Cultura Popular, mas com sua fala nós vimos uma fala de descriminação. Pois há
muito tempo a Setorial de Cultura Popular foi ocupada por nós da Cultura
Hip Hop. A nossa cidade tem um maiores envolvimentos da Cultura Hip Hop em nosso estado
de Santa Catarina. Pessoas campeãs em Batalhas de breaking e rima. E,
poderíamos avançar junto com você, nessa cultura peculiar. Isso não é uma questão de
benefício particular. Que benefício eu tive até agora? Pois até hoje eu apenas
me doei por essa cultura! A Casa do Hip Hop... Nós construímos sem ajuda, tivemos
apenas doações privadas. Muitas vezes tive que atrasar a parcela do meu
carro para investir na Casa, e também em outros projetos, a exemplo do Festival
Criciumense de Hip Hop que leva o nome da cidade há nove anos. Não é apenas
retirar a Cadeira da Cultura Popular, e sim dar crédito e legitimar a nossa luta de
seis anos. E, se você fazer um estudo profundo e pesquisar, a cidade de São
Paulo foi criado sua Cadeira de Hip Hop, e tem outras cidades também! Aí, você vem dizer que temos interesse
próprio? Tem aquele ditado: "Quer conhecer a pessoa, dá poder a ela!". E, nós te
representamos, nós lutamos para que você estivesse aí! A tua fala quando estava
no lado da sociedade civil era diferente, e agora eu me senti magoado e
descriminalizado com sua fala. E, você vai ter que provar que estamos fazendo
conluio de ocupar uma Cadeira no Conselho. O Hip Hop não tem como levar nas
costas da Cultura Popular, pois eu pelo menos não sei lutar pelo artesão. E, eu
tenho certeza que outra pessoa não irá ocupar essa Cadeira com a mesma
potência. Por que se quisesse já estariam na Cadeira, agora você vem com essa de benefício próprio? Para jogador!
Daniele Zacarão: Eu entendo que esse debate é importante e necessário, mas repito que
nós não temos autonomia para decidir aqui, e isso deve ser discutido no Fórum.
E, isso será com certeza discutido no Fórum, por favor vamos se respeitar, pois
todos somos aliados e precisamos um dos outros. E, com certeza será levado ao Fórum Frank, eu
como presidente do Conselho levarei essa pauta que será norteadora do Fórum de
Cultura Popular. Mas, precisa acontecer no lugar certo.
Clairton Rosado: Gostaria de ressaltar que mais uma vez, quando o Frank fala que não sabe falar
sobre Artesanato etc... então ele demonstra que não está querendo, e não está
querendo ter pró-atividade nas discussões de Políticas Públicas dentro do setor
cultural da cidade. Por que se o Hip Hop se enquadra dentro da Setorial da
Cultura Popular, que engloba Artesanato e outras manifestações, então cada
representante e cada conselheiro precisa necessariamente interagir com outras
questões que não apenas aquelas de sua formação. Assim acontece no Setor de
Artes Visuais, no Setor de Música e, também em outros Setores. Então é
importante que se tenha o debate, por todas as questões não apenas aquelas de
sua formação. Agora, uma coisa que gostaria de acrescentar aqui, que essas
coisas de representação que foi dito que tem uma grande participação no Estado
etc etc etc... No Edital de Trajetória recentemente lançado pelo Governo do
Estado, teve na Setorial de Hip Hop duas inscrições de Criciúma. Apenas dois
representantes de Criciúma, e a setorial de Dança teve apenas uma "única" inscrição, cidade onde tem Conselheiro Estadual de Dança, teve apenas uma "única" representação, onde está essa representação? Onde está o trabalho para fazer
que os agentes tivessem acesso aos recursos do Edital de Trajetória? A cidade de
Pinhalzinho, no Oeste que tem 15 mil habitantes tiveram 5 inscrições na
Setorial de Dança. Onde está a representação de Dança aqui? Aonde está? Se fala
de representação, mas não se representa. Justamente no momento que tinha o edital de Trajetórias, que possibilitava inscrições de agentes culturais do
município receberem recursos por meio dos seus portfólios... Onde estava o
trabalho do Setor para auxiliar esses agentes culturais? Não estava! Não
estava presente! Isso está dito pelas estatísticas do Edital do Trajetórias, e
agora vem falar em representatividade? Para!
Daniele Zacarão: Pessoal, vamos seguir. O debate é importante mas precisamos
encaminhar, e o encaminhamento é que essa pauta volte ao Fórum, e seja deliberado
pelo Fórum.
Não tendo mais nada a
registrar, nós Maxwell Sandeer Flor e Andressa Borges Gomes Flor, finalizamos o
Relato da Reunião do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma –
COMCCRI, sobre a Pauta de Implementação da Cadeira Hip Hop no Conselho,
realizado no dia 31 de maio de 2021.