quarta-feira, 2 de junho de 2021

Implementação da Cadeira Hip Hop no COMCCRI

Relato da Reunião do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma – COMCCRI sobre a Pauta de Implementação da Cadeira Hip Hop no Conselho, realizado no dia 31 de maio de 2021. A seguir, descrição das falas sobre a pauta debatida no Conselho:

Daniele Zacarão: O item seis é a implementação da cadeira da Cultura Hip Hop no COMCCRI, sendo que é uma pauta externa solicitada pela ASDC – Associação Dança Criciúma, e pelo IHHC – Instituto Hip Hop Criciumense. Temos cinco minutos para apresentar a explanação.

Maxwell Sandeer Flor: Gostaria de iniciar minha fala agradecendo a inclusão de pauta na reunião do Conselho, e agradecer a nossa representante da Setorial de Dança, Alesandra que encaminhou também essa pauta. Gostaria de colocar que divulgamos para os agentes culturais do Hip Hop via plataforma Formulário Google, perguntamos se eles têm interesse da inclusão da cadeira do Hip Hop no COMCCRI, ou a substituição da cadeira da Cultura Popular para cadeira da Cultura Hip Hop. E, aproveitamos e fizemos um diagnóstico dos artistas da Cultura Hip Hop de Criciúma, e gostaríamos de compartilhar no chat as perguntas que fizeram parte desse formulário. Compartilho aos conselheiros e conselheiras alguns dados interessantes: foram 59 respostas ao formulário, ou seja, 59 agentes culturais da linguagem do Hip Hop, 59 respostas passaram e muito do diagnóstico realizado pelo COMCCRI ano passado que verificou os impactos econômicos causados pela Pandemia, onde apontou pelo COMCCRI apenas 06 agentes da Cultura Popular que responderam o questionário. Gostaríamos de colocar que 59 agentes culturais responderam nosso formulário até o momento, ultrapassada o número de TODOS os agentes culturais cadastrados no Mapa Cultural SC inclusive no município de Criciúma, onde nossa cidade têm atualmente 55 agentes cadastrados. E, destaco que a maioria deles (Artistas Criciumenses do Hip Hop) responderam ao questionário que "sim", eles têm interesse pela implementação da cadeira do Hip Hop no COMCCRI.  E, para finalizar minha fala, gostaria de acrescentar que foi aprovado há poucos minutos atrás nessa reunião, o Regimento Interno do COMCCRI, que no seu Artigo 12, no inciso 3º diz: “No caso de falta de quórum para realização do Fórum, o Setor será substituído pelo Setor de interesse e maior representatividade, cumprindo-se os mesmos procedimentos.” Gostaria de registrar essa citação, para que no próximo Fórum esteja previsto esse Artigo 12 do Regimento de Eleição, para prever a substituição da Setorial que não apresenta quórum para indicar seus representantes. E, ainda sugerir a Comissão de Legislação e Normas do COMCCRI, para rever a Legislação do Sistema Municipal de Cultura, para quem sabe, fazer ao "modelo" de muitos Conselhos do Brasil, o método de 1/3, ou seja 1/3 formado pela Setoriais de Cultura (sociedade civil), 1/3 por representações institucionais (exemplo: SESC e UNESC), e 1/3 formada pelo Governamental.   Por demais é algo a se pensar, pois seria adaptar as representações em seis. Mais uma vez muito obrigado pela inserção da pauta na reunião do COMCCRI.

Frank dos Passos: Bom dia a todos. Hoje, todos sabemos que o movimento que estamos fazendo na cidade de Criciúma com a Cultura Hip Hop. Nós estamos inseridos na Cultura Popular, mas em âmbito nacional, o Hip Hop tem caminhado por si só, e esta assumindo muitas cadeiras em Conselhos no Brasil. Temos muitas coisas que não conseguimos discutir e avançar, mas conseguimos levar nossas pautas para muitas esferas. Hoje conseguimos transitar em todas as culturas em nosso Estado. Tivemos a ponto de perder por "um" voto para conseguir a implementação da Cadeira de Hip Hop no Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina, que ainda não está longe de conseguir. Hoje, fizemos um serviço peculiar nas periferias, e acredito que com a cadeira do Hip Hop no Conselho, isso vai dar mais força e estaremos ocupando mais um espaço, que onde essa cultura há muito tempo foi marginalizada, passou a ser uma cultura organizada. Hoje temos a única Casa do Hip Hop de Criciúma no Estado de Santa Catarina, e o Instituto Hip Hop Criciumense (IHHC) que está se adequando para se tornar de âmbito Estadual.  E, tudo isso na cidade de Criciúma, temos muito a fortalecer e a contribuir com a cultura de Criciúma. Sabemos que passaram pelo Conselho muitos agentes do Hip Hop, em várias cadeiras, e aprendemos muito com vocês! Só que agora nós estamos aqui para abrir portas, por essa linguagem que passa pelo grande centro e vai até aos bairros periféricos da nossa cidade de Criciúma. Então acho que essa cadeira é de suma importância para que possamos avançar no diagnóstico cultural de Criciúma. E, gostaria de dizer que nós do Hip Hop somos os mais contemplados pelo Edital Aldir Blanc Criciúma. E, lembrando que não queremos abandonar a Cultura Popular. Só queremos fazer o trabalho que muitas vezes, por falta de interesse do pessoal da Cultura Popular deixaram de fazer. Então, gostaríamos de pedir essa cadeira, e tenho certeza que temos pessoas capacitadas para representar e somar ao Conselho. Essa é minha fala. Tamu Junto!  

Daniele Zacarão: Nós entendemos que a solicitação é legítima, e que esse debate deve ser discutido amplamente para os Fóruns. Há necessidade de chamar um Fórum da Cultura Popular para discutir esse ponto de pauta.

Ismail Ahmad Ismail: A Dani já contemplou um pouco em sua fala Dani, e realmente esse assunto deve ser discutido nos Fóruns Setoriais, para preencher as vagas em vacância. E, discutir da possibilidade de incluir mais uma cadeira no Conselho.  O que não consigo imaginar é que ao criar a cadeira da Cultura Hip Hop, temos que eliminar a cadeira de Cultura Popular. Essa cadeira é onde abrange mais Setores da Cultura, no caso a própria Cultura Hip Hop. E, eu não entendo por que não houve articulação para ter o candidato da Cultura Hip Hop no Fórum Intersetorial de Criciúma. Isso eu não consigo entender por que não houve essa articulação. E, precisamos chamar os Fóruns Setoriais urgentemente para discutir sobre a inclusão dessa cadeira, até para seguir o Regimento Interno do COMCCRI, acredito que esse deve ser o procedimento.

Daniele Zacarão: Então, esse deve ser o encaminhamento, de levar essa demanda para o Fórum da Cultura Popular, e definir no dia 14 de junho a organização do cronograma desses Fóruns. Até mesmo por que é uma necessidade antiga do Conselho, e nós não temos feito isso pelo menos nos últimos dois anos.

Frank dos Passos: Então Ismail, só gostaria de dizer que poderia fazer uma Consulta Pública, para não desfazer da Cadeira da Cultura Popular, e sim da criação de mais uma Cadeira no Conselho. Ou até mesmo outras Cadeiras que queiram criar outras Setoriais, pois isso só tem a somar. Em Santa Catarina pelo CEC foi feito essa consulta para inserir mais duas cadeiras. E, por que não fizemos essa articulação? Por que essa demanda deveria ser trazida dentro da Setorial. E, ainda essa Setorial de Cultura Popular não consegue abraçar nossas causas. E, hoje com certeza vai aparecer pessoas para ocupar a Cadeira da Cultura Popular, mas nós queremos pessoas para ocupar a Cadeira da Cultura Popular para que não seja apenas no fato de cumprir a tabela. Mas, que sejam pessoas militantes e que sejam pessoas verdadeiramente pela cultura. E, pode inclusive até fazerem essa articulação, pois até fomos citados como “oportunistas” no Fórum passado, quero dizer que "não" somos oportunistas. Pode até puxar nossos currículos, e vão perceber que que somos pessoas que trabalham diariamente para que as coisas aconteçam na Cultura de Criciúma.  E, nós queremos é somar, como somamos em todos esses anos quando não tinha ninguém para ocupar a Cadeira da Cultura Popular no Conselho. E, é isso então... que façam uma Consulta Pública para que se coloque uma ou mais cadeiras no Conselho. Pois, tenho certeza que isso vai ser apenas somar para Cultura de Criciúma.

Tiago da Silva Coelho: Eu acho  importante a pauta e a demanda apresentada, principalmente pela tradição da Cultura Hip Hop em Criciúma. O Maxwell já apresentou avaliação que já foi feita, e fez um bom trabalho, e isso nem era necessário. Quero dizer que é visto o trabalho que a Cultura Hip Hop vem fazendo na cidade de Criciúma, e que esse diagnóstico só confirmou o que já sabemos. E como muito bem colocou o Frank, que já existe uma transitoriedade do Hip Hop em várias cadeiras nesse Conselho. Eu como Conselheiro acolho a demanda, e acho importante, e entendo que o Fórum que aconteceu foi um momento emergencial, uma possibilidade para se estabelecer uma nova ou não Cadeira no Conselho. E, entendo que o Setor trouxe para reunião do Conselho uma melhor forma de debater o assunto. Minha sugestão para isso é, pensarmos na possibilidade de abrir a Cadeira do Hip Hop, e colocar isso em uma discussão ampla. Pois o que entendi, é que não podemos decidir isso hoje, ou simplesmente na reunião do Conselho, precisamos decidir em Fórum ou ainda em uma instância maior como a Conferência. Então minha sugestão, se possível poríamos mudar o nome da Cadeira da Cultura Popular para Cadeira de Cultura Popular / Hip Hop para essa gestão. Até esperar a Conferência, pois haverá impactos cotidianos, por exemplo, no quórum das reuniões, pois ao abrir mais uma cadeira, teremos que abrir mais uma cadeira para o governamental e isso implica ter mais pessoas presentes nas reuniões para garantir quórum. Eu, sou extremamente simpático a aderir mais cadeiras, mas estou pensando, quem pode instituir essa Cadeira, e como podemos fazer que trabalhos do Conselho sejam mais organizados e participativos. Nesse momento acho que não convém retirar uma Cadeira nessa reunião do conselho.

Clairton Rosado: Eu vejo que essa discussão se mostra inócua. E revela uma falta de compreensão do conceito de cultura. O pessoal do Hip Hop naturalmente se inclui na cadeira de Cultura Popular, e nesse momento temos uma vacância na Setorial de Cultura Popular. É básico compreender que se está pensando em ter representatividade, então que se candidatem a cadeira da Cultura Popular, que engloba dentre tantas manifestações, também a Cultura do Hip Hop. Nós não podemos, e não é interessante pensar que a gente tem que abrir "subsetores" em todas as Setoriais. Se não, a Setorial de Artes Visuais teremos Setores de Pintura, uma cadeira para Desenho, outra para Escultura... E na Setorial de Música, teremos que ter uma cadeira para música Erudita, outra para Popular e assim por diante? Não! Basta apenas que as pessoas entrem na Cultura Popular e que essa Setorial englobará várias manifestações, seja Artesanato, seja Hip Hop ou várias outras manifestações. Fazer suas discussões e a partir disso, e “se” for achar interessante, se amplia a conversa para ter subsetores. Me manifesto outras vez aqui minha preocupação, esse tipo de movimento que visa buscar uma prevalência de votos dentro do Conselho visando interesses próprios e particulares a “Fundação Cultural”, essa nova gestão não será convivente com essas atitudes. Por que a “Fundação Cultural” está elaborando uma gestão de Políticas Públicas voltadas para a comunidade como um todo. E nós, não vamos compactuar com qualquer tipo de "manobra", ou qualquer tipo de questão que vise interesses particulares,  que vise esse tipo de manobra. Então, não adianta, nós não vamos compactuar com esse tipo de coisa. E, nesse momento então, seria fazer eleição e ocupar as Cadeiras que já existentes, e a partir das demandas dessas cadeiras, criar discussão em todas as setoriais, e não apenas para uma que busca interesses particulares.

Ismail Ahmad Ismail: Eu queria pontuar, que de maneira nenhuma eu sou contra a Cultura Hip Hop, muito pelo contrário, eu sou até fã da Cultura Hip Hop. E, quem me conhece sabe da minha pluralidade no que tange de atender todas as manifestações culturais nessa questão. Acho que poucas pessoas defendem que todos tenham sua participação dentro do Conselho.  Eu fazia uma defesa da importância da participação das Setoriais que faziam parte dentro do Conselho nos últimos dois anos, de que as Setoriais funcionem dentro do Conselho.  Creio que é uma discussão que temos que ter nessa nova gestão, que é a "participação" das Setoriais no Conselho. Agora, nós temos uma cadeira que abrange esse Setor, como o Claiton estava pontuando. E, para abrir uma nova Cadeira da Sociedade Civil, nós devemos abrir mais uma cadeira do Governamental, ou seja: mais duas cadeiras. Então, é aquela velha história do Conselho em manter o quórum nas reuniões. O lugar e o debate dessa pauta é lá no Fórum ou na Conferência, e não aqui na reunião do Conselho. Já foi proposta do Fórum passado ok! Então ela vai entrar no próximo Fórum. No próximo Fórum vamos discutir a criação dessa nova cadeira. Nós estamos navegando contra a maré, nada contra a Cadeira da Cultura Hip Hop, muito pelo contrário, se for para estabelecer, vamos estabelecer! Mas a discussão disso, deve ser feito dentro do Fórum, vamos colocar as coisas nos seus devidos lugares. Sempre apoiamos o movimento da Cultura Hip Hop em Criciúma, no Teatro, na Biblioteca, na Praça... Da onde, nós somos contra a Cadeira do Hip Hop? Muito pelo contrário! É um dos Setores mais importantes, que mais apresentam projetos, e que mais desenrola cultura em nossa cidade. A Dança de Rua é muito forte, os B-boys, e também as Batalhas de Rima. O movimento que aconteceu na Casa do Hip Hop de Criciúma, via Edital Aldir Blanc Criciúma, acredito que mais de vinte projetos foram realizados na Casa envolvendo vários proponentes de Criciúma. Então, não dá para dizer que a Cultura Hip Hop não tem espaço, pelo contrário. Tanto pelo Edital Cultura Criciúma, tanto pelo Edital Aldir Blanc, foi uma das setoriais mais “representadas” em nossa cidade. Como dizer que não estamos apoiando isso? Pelo contrário! Agora cada coisa deve acontecer em seus Fóruns, no seu espaço de debate e na sua hora, e aqui não é o momento de decisão sobre a pauta, da criação ou não da Cadeira do Hip Hop.  Isso é um debate para o próximo Fórum.

Daniele Zacarão: É isso mesmo Ismail. Nós não temos autoridade para discutir e decidir sobre essa pauta nessa reunião, e a sugestão de encaminhamento é que no dia 14 de junho, vamos trabalhar no planejamento dos Fóruns, e isso entra para o debate para o Fórum específico. O Fórum que têm autonomia para definir isso.   

Maxwell Sandeer Flor:  Obrigado Dani e obrigado Ismail pela fala .... Realmente a Fundação Cultural sempre tem apoiado o Hip Hop, de diferentes tipos de apoio, dependendo da Gestão. E, nós tivemos vários tipos de apoios da FCC. Mas, eu gostaria de destacar que essa não é, uma ação individualista e particular dessa Setorial, existe uma Setorial da Cultura Hip Hop criada por Grupo de WhatsApp desde 2018, e ela não está inserido no Plano Municipal de Cultura em seu anexo, muito menos na sua Legislação. Mas, destacamos que inclusive na Lei, não cita nenhum tipo determinado de setorial. Acredito que as Setoriais não podem ser titânicas! As Setoriais devem ser plurais, e devem dialogar com seus agentes. Então, se não está tendo interesse de Artesãos, e nem de Folcloristas.... e está tendo interesse de agentes da Cultura Hip Hop, que se faz a substituição da Setorial, pois está ali no seu Artigo 12 do Regimento Interno aprovado ainda hoje. Se caso não tiver interesse da Setorial, outra Setorial pode ser substituída. Por exemplo: se uma Setorial de Artesanato organizada, solicitar interesse em ocupar a cadeira em vacância, tem que dar vaga, pois os Fóruns são deliberativos, e isso trata-se de Políticas Públicas sim! Não estamos falando sem argumentos jurídicos, isso está na Legislação, os Fóruns e as Conferências são deliberativas.  Eu discordo de que da "fala" que isso é um movimento particular, e se for o caso eu estou saindo desta manifestação, que teve no coletivo a concordância de 59 artistas. Eu peço perdão a todos vocês, se isso deu para se entender dessa forma, e novamente eu falo que isso "não" é algo particular. Essa luta é de seis anos, e se for para substituir, e se o Fórum entender que é para substituir, então que se faça! Não quero denegrir a imagem de nenhuma Setorial e nem desse Conselho. Obrigado, e finalizo minha fala. 

Frank dos Passos: Eu vou dirigir minha palavra diretamente a você Clairton. A muito tempo você trabalhou juntamente com o Conselho, e uma das nossas maiores lutas foi para que você ocupasse essa cadeira, e hoje ouvir de você que nós estamos fazendo esse movimento com interesse próprio? E, que algo vai beneficiar a mim? Eu, que sempre trabalhei para todos. E, você pode ter certeza que não queremos tirar a Cultura Popular, mas com sua fala nós vimos uma fala de descriminação. Pois há muito tempo a Setorial de Cultura  Popular foi ocupada por nós da Cultura Hip Hop. A nossa cidade tem um maiores envolvimentos da Cultura Hip Hop em nosso estado de Santa Catarina. Pessoas campeãs em Batalhas de breaking e rima. E, poderíamos avançar junto com você, nessa cultura peculiar. Isso não é uma questão de benefício particular. Que benefício eu tive até agora? Pois até hoje eu apenas me doei por essa cultura! A Casa do Hip Hop... Nós construímos sem ajuda, tivemos apenas doações privadas. Muitas vezes tive que atrasar a parcela do meu carro para investir na Casa, e também em outros projetos, a exemplo do Festival Criciumense de Hip Hop que leva o nome da cidade há nove anos. Não é apenas retirar a Cadeira da Cultura Popular, e sim dar crédito e legitimar a nossa luta de seis anos. E, se você fazer um estudo profundo e pesquisar, a cidade de São Paulo foi criado sua Cadeira de Hip Hop, e tem outras cidades também! Aí, você vem dizer que temos interesse próprio? Tem aquele ditado: "Quer conhecer a pessoa, dá poder a ela!". E, nós te representamos, nós lutamos para que você estivesse aí! A tua fala quando estava no lado da sociedade civil era diferente, e agora eu me senti magoado e descriminalizado com sua fala. E, você vai ter que provar que estamos fazendo conluio de ocupar uma Cadeira no Conselho. O Hip Hop não tem como levar nas costas da Cultura Popular, pois eu pelo menos não sei lutar pelo artesão. E, eu tenho certeza que outra pessoa não irá ocupar essa Cadeira com a mesma potência. Por que se quisesse já estariam na Cadeira, agora você vem com essa de benefício próprio? Para jogador!

Daniele Zacarão: Eu entendo que esse debate é importante e necessário, mas repito que nós não temos autonomia para decidir aqui, e isso deve ser discutido no Fórum. E, isso será com certeza discutido no Fórum, por favor vamos se respeitar, pois todos somos aliados e precisamos um dos outros. E, com certeza será levado ao Fórum Frank, eu como presidente do Conselho levarei essa pauta que será norteadora do Fórum de Cultura Popular. Mas, precisa acontecer no lugar certo.

Clairton Rosado: Gostaria de ressaltar que mais uma vez, quando o Frank fala que não sabe falar sobre Artesanato etc... então ele demonstra que não está querendo, e não está querendo ter pró-atividade nas discussões de Políticas Públicas dentro do setor cultural da cidade. Por que se o Hip Hop se enquadra dentro da Setorial da Cultura Popular, que engloba Artesanato e outras manifestações, então cada representante e cada conselheiro precisa necessariamente interagir com outras questões que não apenas aquelas de sua formação. Assim acontece no Setor de Artes Visuais, no Setor de Música e,  também em outros Setores. Então é importante que se tenha o debate, por todas as questões não apenas aquelas de sua formação. Agora, uma coisa que gostaria de acrescentar aqui, que essas coisas de representação que foi dito que tem uma grande participação no Estado etc etc etc... No Edital de Trajetória recentemente lançado pelo Governo do Estado, teve na Setorial de Hip Hop duas inscrições de Criciúma. Apenas dois representantes de Criciúma, e a setorial de Dança teve apenas uma "única" inscrição, cidade onde tem Conselheiro Estadual de Dança, teve apenas uma "única" representação, onde está essa representação? Onde está o trabalho para fazer que os agentes tivessem acesso aos recursos do Edital de Trajetória? A cidade de Pinhalzinho, no Oeste que tem 15 mil habitantes tiveram 5 inscrições na Setorial de Dança. Onde está a representação de Dança aqui? Aonde está? Se fala de representação, mas não se representa. Justamente no momento que tinha o edital de Trajetórias, que possibilitava inscrições de agentes culturais do município receberem recursos por meio dos seus portfólios... Onde estava o trabalho do Setor para auxiliar esses agentes culturais? Não estava! Não estava presente! Isso está dito pelas estatísticas do Edital do Trajetórias, e agora vem falar em representatividade? Para!

Daniele Zacarão: Pessoal, vamos seguir. O debate é importante mas precisamos encaminhar, e o encaminhamento é que essa pauta volte ao Fórum, e seja deliberado pelo Fórum.

Não tendo mais nada a registrar, nós Maxwell Sandeer Flor e Andressa Borges Gomes Flor, finalizamos o Relato da Reunião do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Criciúma – COMCCRI, sobre a Pauta de Implementação da Cadeira Hip Hop no Conselho, realizado no dia 31 de maio de 2021.




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