Associação
Dança Criciúma vem agradecer o apoio da Rádio Som Maior, Portal 4oito e do
Jornal A Tribuna, que contribuíram com o processo de divulgação na pauta
de cultura em Criciúma.
Por
Bruna Borges
Criciúma, 28/02/2019
- 09:01
Os
assuntos que envolvem a cultura de Criciúma voltaram aos holofotes essa semana
após o vereador Ademir Honorato ter aprovado em sessão da Câmara um
requerimento solicitando informações da Prefeitura a respeito da Fundação
Cultural de Criciúma (FCC).
As
indagações do representante do Legislativo estão relacionadas ao planejamento
técnico e financeiro da FCC para o ano de 2019, sobre a autonomia financeira da
entidade e também a respeito de quantos funcionários atuam hoje na fundação,
bem como quais são as suas funções.
Segundo
Ademir, investimentos que eram realizados em anos anteriores, hoje não são mais
feitos pela pasta. “Aquelas oficinas que tinham antigamente, oficinas de balé,
de violão, que tinha duas vezes por semana, na Quarta Linha sempre tinha, hoje
não tem mais nada disso”, comenta o vereador.
“Na
Escola Eliza Sampaio Rovaris, por exemplo, a gente viu que abriu um projeto
cultural, mas quem vai cuidar do projeto é o Social, enquanto deveria ser a
Fundação Cultural, é um projeto de cultura”, acrescenta.
O
vereador ainda questiona o uso de parte dos recursos da cultura para a compra
de equipamentos de informática. “O valor que foi repassado está sendo utilizado
para comprar computadores, saiu essa semana no Diário Oficial o edital, a
licitação vai ser em março”, afirma.
Arquivo
(Guilherme Hahn / A Tribuna)
Editais e presidente após o Carnaval
Desde
novembro do ano passado, a FCC tem como presidente interino o Secretário de
Governo, Arleu da Silveira. Ele assumiu o posto após a saída tumultuada do
ex-presidente, Sergio Zappelini, e até o momento o novo nome para ocupar a
pasta não foi anunciado pelo prefeito Clésio Salvaro.
Em
entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, Silveira relatou que
os editais para projetos culturais já têm uma programação definida, que os
documentos foram enviados para a assinatura do chefe do Executivo e que devem
ser lançados já nos próximos dias, coincidindo com a chegada do novo
presidente.
“Acredito
que com a vinda do novo presidente da Fundação Cultural, que provavelmente já
vai ser depois do Carnaval, eles darão encaminhamento ao prefeito (dos editais)
para que seja o mais breve possível (o lançamento)”, disse Silveira.
Já com
relação ao nome escolhido para assumir a pasta, o secretário preferiu não dar
detalhes e se ater apenas à informação de que o anúncio deve ser feito logo. “O
prefeito está fazendo algumas consultas sobre o nome”, declarou.
Terceirização do Centro Cultural Jorge
Zanatta
Também
no fim de 2018, em dezembro, a Prefeitura inaugurou a recuperação do Centro
Cultural Jorge Zanatta. O prédio histórico da cidade precisou ser restaurado
após sofrer danos pela ação do tempo e por um incêndio que atingiu a estrutura
em 2017.
Com
investimento de aproximadamente R$ 1,5 milhão foi possível realocar no espaço a
sede administrativa da FCC e as oficinas de cultura. No entanto, a parte que
compreende o Galpão das Artes (fundos do prédio) e a Galeria de Arte (ao lado
das salas das oficinas) deverá ter a sua gestão cedida pela Administração
Municipal, a exemplo do que foi feito com a Rodoviária e o Pavilhão de
Exposições José Ijair Conti.
De
acordo com Silveira, a procuradoria busca a maneira mais correta de realizar o
processo. “Está havendo uma dúvida e eu solicitei que fosse feito um ofício ao
Tribunal de Contas para que nos orientasse nesse sentido”, afirmou. “Uns acham
que deve ser feito um chamamento público e outros que deve ser feito por
licitação. Vamos dar uma segurada para fazer com muita responsabilidade”,
completou.
Oficinas em andamento
Nas
salas destinadas às oficinas de música e arte as atividades de 2019 já
iniciaram. São oferecidas no local aulas de técnica vocal, teatro, fotografia,
acordeom, violino, piano, violão, guitarra e teclado. Uma taxa de R$ 30 de
matrícula é cobrada pela fundação.
“Esse
recurso das matrículas é revertido para as oficinas, para a compra dos
instrumentos, e a cobrança é feita apenas uma vez. Já as crianças carentes
estão isentas da cobrança”, explica a diretora administrativa da FCC, Jamile
Souza.
Já as
mensalidades cobradas dos alunos são de iniciativa dos professores, que foram
contemplados em edital para dar aulas nas oficinas. “Cada professor cobra a sua
mensalidade, mas existe uma cláusula de contrapartida social que exige que eles
também atendam um número de alunos carentes sem cobrança”, pontua Jamile.
Fonte:
https://www.4oito.com.br/noticia/os-rumos-da-cultura-em-criciuma-11077