O Dia
Mundial da Arte foi decretado pela Associação
Internacional de Arte (IAA), a fim de promover a conscientização da atividade
criativa no mundo. A primeira celebração foi realizada em 2012. Com referência nesse
dia, ASDC - Associação Dança Criciúma, conversou com Conselheiros de Cultura
que trabalham com produção artística na região, destacando sobre o período de
isolamento social, e o que isso influência em suas produções.
Hellen Barros Manenti (proprietária,
diretora e professora Escola de Dança Culture Soul e Conselheira do COMCCRI -
Setor Dança) relata que “Está sofrendo impacto significativo mediante a
pandemia, e infelizmente sentindo pressionada a abrir mão, de não somente
um sonho, mas também de uma profissão, uma empresa, que produz, da renda e
emprego. Também reconhece a importância dos decretos estabelecidos, e compreende
o zelo pela saúde, percebe a falta de interesse dos governantes a favor da
cultura e falta de solidariedade, principalmente financiamentos em projetos, para
possível diminuição do impacto dessa pandemia nas pequenas empresas culturais”.
Ressalta ainda que, as Escolas de Dança
e muitos outros artistas, vêm se reinventando para sobreviver mediante a essas
circunstâncias, nas quais tem nos parado a mais de 30 dias, sem poder oferecer
e prestar nosso serviço. O impacto direto que tem ocorrido, está na
relação da falta de prestação de serviço com a mensalidade do cliente,
considerando que seja inviável cobrar sem prestar o serviço. Por conta disso,
estamos criando estratégias para conseguir sobreviver a esta pandemia como, por
exemplo, isentar a parcela do curso presencial e ofertar uma nova proposta de
curso a distância, com valor mais acessível para que o cliente que esteja
passando por dificuldades, também possa dar continuidade no estudo e prática da
dança, destaca Hellen.
O Diretor da Casa do Hip Hop de Criciúma e
Conselheiro do COMCCRI - Setor Cultura Popular, Frankilin
dos Passos (Nego Frank) comenta o seguinte: “Estamos vivendo um momento difícil
como gestor cultural, recebemos muitas doações de cestas básicas e somos
agradecidos, mas faltam recursos para continuar a obra da Casa do Hip Hop no
que se trata de serviço de mão de obra de pedreiro. Todos os projetos que
estavam para serem realizados na instituição foram cancelados, sem contar que estávamos
planejados para iniciar as atividades neste mês, e infelizmente agora esta tudo
parado”, lamenta Frank.
Para o Presidente da ASDC e Conselheiro
Estadual de Cultura - Setor Dança, Maxwell
Sandeer Flor “Fomos contemplados pelo Edital do FIA de Urussanga, onde estava
previsto a contratação de 4 artistas da Cultura Hip Hop, e por conta da pandemia
todas as atividades da Secretaria de Desenvolvimento Social do município estão
suspensas. Como qualquer outro setor, estamos sendo impactados, e esperamos que
a região, apresentem estratégias para diminuir este impacto na economia da
cultura”, pontua.
Para Cal Will (Wilian Batista Comim), Conselheiro
do COMCCRI - Setor Cultura Digital, proprietário da SL Record e
produtor musical “Nós que vivemos 100% da cultura, podemos dizer que todos os
nossos shows de voz e violão foram cancelados, com DJ e produção externa de
vídeo clipe também foram cancelados. A produção musical pelo estúdio é cobrado 50%
de entrada e o restante depois do final do trabalho, sendo que muitos músicos
solicitaram para parar a produção por conta que seus trabalhos também foram
cancelados, ou seja: virou uma bola de neve. Neste momento, as empresas e o
poder público poderiam ter um olhar mais humano para criar uma conexão com a
arte criciumense, pois neste período de quarentena percebemos o quanto as
pessoas acessam as redes para escutar música ou assistir uma dança por exemplo”,
finaliza.
Colaboração: Andressa Gomes Flor - Setor Comunicação
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