O fomento à cultura Hip Hop em Santa Catarina esteve em debate em audiência pública realizada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa na noite desta segunda-feira (16), no Plenarinho da Alesc, em Florianópolis.
A atividade proposta pelos deputados Marquito (PSol) e Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão, reuniu dezenas de representantes que disseminam o movimento no estado.
“Este é um debate que não termina aqui. Seguiremos discutindo o Hip Hop, a legislação, o fortalecimento da expressão da arte e da cultura na vida do povo”, destacou a deputada Carminatti.
“O movimento Hip Hop precisa ter representatividade em espaços como este. Não faz sentido termos 40 deputados estaduais e nenhum negro”, continuou o deputado Marquito.
O reconhecimento da cultura Hip Hop como patrimônio imaterial da cultura brasileira junto ao Iphan é uma das pautas prioritárias, no ano em que se comemora o Cinquentenário Mundial da Cultura Hip Hop no Brasil. Para isto, um inventário participativo permanente foi iniciado em março deste ano, para capilarizar e legitimar a construção nacional do Hip Hop, com a participação de quase 10 mil hip hoppers brasileiros e imigrantes dos 26 estados e Distrito Federal.
“Em maio do ano que vem estaremos mobilizados para conseguir junto à sede da Onu em Paris, o reconhecimento do Hip Hop brasileiro como patrimônio mundial da humanidade e é importante que Santa Catarina também se mobilize para criar um processo de memória sobre esta cultura”, destacou o rapper e ativista do Rio Grande do Sul, Rafael Rafuagi.
O presidente da Associação Dança Criciúma, Maxwell Sandeer Flor, informou que Santa Catarina encaminhou seu inventário ao Iphan. “Foram incluídas neste inventário oito cidades: Itajaí, Tubarão, Criciúma, Laguna, Florianópolis, Rio Negrinho, Joinville e Blumenau. Precisamos avançar para que mais municípios sejam contemplados”, reforçou.
A construção de um museu da cultura Hip Hop em Santa Catarina e a preocupação com a previsão de corte de recursos para a cultura no orçamento do Estado também estiveram na pauta do debate. “Nos angustia esse possível corte de mais de 50% no edital Elisabete Anderle”, alerta o Coordenador da Central Única das Favelas, Vinicius dos Santos.
A deputada Luciane Carminatti destacou que o projeto que dispõe sobre o orçamento do Estado para o ano que vem tramita no Parlamento catarinense. “Eu e o deputado Marquito vamos apresentar as emendas necessárias para recompor os recursos previstos para a cultura, mas o setor precisa se mobilizar nesta luta”, destacou Carminatti.
“Este é um momento muito importante de construção das emendas parlamentares ao orçamento. Contem com nosso mandato e procurem outros mandatos desta Casa, pois para fazer Cultura, é preciso recurso", reforçou Marquito.
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